Mudança precisa-se....
Assistimos hoje a mais uma greve nos transportes em Portugal. Num momento em que é exigido ao país e a todos os nós um esforço pare melhorar a situação económico-financeira que o país atravessa, nomeadamente aumentando a produtividade, os nossos sindicatos passam a vida a convocar greves, com principal destaque para os sindicatos dos transportes. Quantas greves neste sector de actividade assistimos nos últimos meses? Eu diria mais do que muitas, ou se preferirem demasiadas... Este número é tão ou mais exagerado, quando pensamos nos milhares de pessoas que vêem a sua rotina diária afectada por estar paralisações constantes, ficando impedidas de utilizar os meios de transporte habituais, congestionando as vias de transporte alternativas, provocando milhões de euros de prejuízos a todos: começa nos trabalhadores grevistas que nesse dia não recebem (eu pergunto: será que os lideres sindicais que convocam a greve também não recebem nestes dias? É certo que não, porque se isso acontecesse pensavam duas vezes antes de convocar uma nova greve), nas empresas que deixam de prestar os serviços de transporte às populações (e de poder cobrar por estes serviços), somado ao prejuízo para as pessoas afectadas que têm que utilizar meios de transporte alternativos, na maioria das vezes mais onerosos, como o carro próprio ou em casos extremos o táxi.
A mudança é precisa e urgente!!!
Em primeiro lugar é preciso uma mudança nas formas de luta - a greve deve ser entendida como uma forma de luta alternativa e de recurso, apenas utilizada em situações extremas. Ao invés do que acontece hoje, em que se banalizou o recurso à greve como forma de luta e de protesto, levando a que os resultados que estas produzem hoje em dia fiquem muito à quem das expectativas.
Mas eu iria mais longe... É preciso mudar as estruturas sindicais, começando por renovar os rostos e as "bandeiras"; rejuvenescer o discurso e adaptar as formas de luta às condições actuais.
Vejamos alguns exemplos:
Carvalho da Silva - 25 anos à frente da CGTP
- (Actual líder: Arménio Carlos, mudaram os rostos mas não mudaram a cassete)
Mário Nogueira -à mais de 6 anos à frente da FENPROF (
Federação Nacional dos Professores)
João Proença - à 16 anos à frente da UGT
Alberto João Jardim - à 34 anos à frente do Governo Regional da Região Autónoma da Madeira
(É um facto que os AJJ não é lider sindical, mas é mais um bom exemplo de pessoas agarradas ao poder e ao protagonismo que determinados cargos possibilitam)
Por tudo isto, vemos que nem só na politica nacional temos problemas...
Temos uma sociedade corrompida pelo vicio e pelo ócio, dominada pela anciã de poder e protagonismo, criando lideres sem escrúpulos e princípios, que há muito abandoram os seus ideais e a defesa dos direitos das cidadãos que representam, determinados unicamente em defender os seus interesses pessoais...